sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

UMA JANELA PARA O MUNDO POR EVA WILMA . ATRIZ


Estávamos na primavera do ano de 1950 e eu, nos meus radiantes 16 aninhos, me senti rejeitada ao saber que algumas de minhas colegas do nosso "Grupo Independente de Ballet" tinham participado de uma apresentação experimental de TV. Eu fazia parte do grupo excluído por falta de verba. Mas, superei a rejeição e continuei me dedicando, com afinco, às aulas de música, canto e dança. As apresentações do nosso Grupo de Balé, no Teatro Municipal, foram um sucesso mas no ano seguinte o grupo se dissolveu. Decidi me apresentar para a escolha de 60 bailarinas que formariam o Balé do IV Centenário de São Paulo. O governo havia anunciado a decisão de preparar 19 coreografias especialmente para as comemorações. Um coreógrafo europeu de fama mundial já tinha sido contratado e os testes foram dificílimos. Constaram de três exames. Um com o público, outro com a banca examinadora e por último um individual como o famoso coreógrafo. Cerca de 600 candidatas haviam se inscrito e quando soube da minha aprovação experimentei o gostinho da primeira grande vitória em minha vida.

Três meses depois, assistia aos ensaios do Teatro de Arena, quando o diretor José Renato me convidou para substituir uma atriz que se demitira.

Ao mesmo tempo, acompanhando o ator John Herbert, aos estúdios da Cia Cinematográfica Vera Cruz para Assistir as filmagens, o diretor Luciano Salce convenceu-me a participar de uma cena. E o diretor da Cia Cinematográfica Maristela, Mário Civelli, ofereceu-me um atraente contrato de dois anos para realizar três filmes, começando com Procópio Ferreira em "O Homem dos Papagaios". E ainda recebi um recado urgente: O diretor que inaugurou a TV brasileira me chamava, porque precisava muito de uma atriz como eu, para um programa que ele tinha idealizado. Compareci na hora marcada, desta vez acompanhada de meu pai, que começava a se preocupar com tantos convites e propostas. Logo no primeiro contato com Cassiano Gabus Mendes, percebi o seu dinamismo. O programa, que hoje chamaríamos de "sit-com", era inspirado em um programa de rádio que seu pai realizara que se chamava "Encontro das Cinco e Meia" e que eu ouvia na minha infância e adorava.

Eram convites irrecusáveis. Fazer teatro, cinema e ainda por cima enfrentar aquela máquina inovadora e instigante: a televisão. Pedi demissão do Balé Centenário, e iniciei com a maior fé o ofício de ser atriz. No teatro de Arena, o aprendizado era básico e fascinante. No cinema, o contrato não impedia meu trabalho teatral, assim como nenhum dos dois impediram meu trabalho na televisão. Comecei o programa de TV que se chamou "Namorados de São Paulo" e depois "Alô Duçura". TV ao vivo era um exercício que exigia muito ensaio, muita habilidade e muita presença de espírito. No meu primeiro ano meu parceiro no programa foi o ator Mário Sérgio que já tinha feito vários filmes e era bem conhecido do público. Após um ano, ele recebeu um convite para ir à Europa e foi substituído por John Herbert, na época meu namorado. O público adorou misturar a ficção com a realidade, e a imprensa faturava em cima disso. Com o sucesso começamos a fazer o programa duas vezes por semana, em São Paulo e uma no Rio. Foi quando comecei a viajar semanalmente na Ponte Aérea.

"Alô Doçura" ficou anos no ar, de 1953 a 63. Com algumas interrupções como quando fomos ao Rio nos apresentar com o espetáculo "Uma Mulher e Três Palhaços" no Palácio do Governo para o presidente Café Filho, seus ministros e mais alguns seletos convidados. A repercussão tornou o Arena reconhecido nacionalmente. E nos permitiu construir a sede que existe até hoje, e que agora é administrada pelo governo e se chama Teatro Eugênio Kusnet.

Começava a fase das novelas. A primeira da qual participei foi "Ana Maria, Meu Amor". Durou pouco e não agradou muito. "O Amor tem Cara de Mulher" foi a segunda. Era um adaptação de uma novela Argentina, dirigida pelo Cassiano Gabus Mendes.

Eu continuava na Ponte Aérea, pois nessa época tinha me transferido para o Rio e assumia, determinadamente, o propósito de fazer televisão e cinema, sem jamais abandonar por muito tempo o teatro. Voltando aos seriados, encerrado o "Alô Doçura" fiz durante dois anos o seriado "Confissões de Penélope", outra "sit-com" muito bem escrita pelo gaúcho Sérgio Jockyman e dirigida, no princípio, pelo Abujamra, logo substituído por John Herbert.

Retornei às novelas requisitada por Ivani Ribeiro e Carlos Zara para fazer a malvada Jandira de "Meu Pé de Laranja Lima". Lendo o livro de José Mauro de Vasconcelos constatei que a única função de minha personagem era espancar o herói da história - uma criança. Parti para uma interpretação vigorosa e quase histérica que deixava claro nas entrelinhas os motivos que levavam Jandira agir assim. Resultado: Fui ovacionada, no "capitulão" que fizemos ao vivo em Belo Horizonte num teatro. Mais uma novela de Ivani, "Minha Filha Gabriela" e outra, de Carmem da Silva, "A Revolta dos Anjos", que não chegou a ser sucesso. Enquanto isso faziam testes com três atrizes para escolher as gêmeas de "Mulheres de Areia", da Ivani. Terminados os testes me convidaram para interpretar Ruth e Raquel. Pedi 24 horas para pensar e acertei os ponteiros.

"Mulheres de Areia" foi um trabalho muito estimulante, e um sucessão! Decidi que as diferenças estéticas (cabelo, roupa, maquiagem) seriam simples e muito poucas. Caprichei nas diferenças de postura, temperamento, maneira de agir e, sobretudo imprimi à Raquel muito humor, uma alegria de viver quase histérica, tudo isso baseado numa enorme revolta e mágoa, causadas por rejeições que imaginei para ela. Foi um sucesso grandioso! Quando estávamos chegando aos dois últimos meses de gravações, sofri um acidente com meu carro que derrapou por causa da chuva e entrou debaixo de um caminhão. Dos ferimentos leves o único que quase atinge o nervo chamado "trigêmeo" (o que seria irreversível), foi apenas um corte no meio da bochecha, perto do olho direito. Foi quase uma comoção nacional o estardalhaço da imprensa. Mas, graças à competência e grande habilidade do cirurgião plástico Raul Loeb, falecido há alguns anos, doze dias depois eu retornava às gravações, com um esparadrapo quase imperceptível.

"A Viagem" também de Ivani Ribeiro, foi a penúltima novela que fiz na Tupi em São Paulo, e ficou na memória de todos que assistiram e foram muitos, porque abordava o tema do espiritismo de Kardec com propriedade e poesia. Chegou a ser considerada uma mensagem de otimismo para os telespectadores. Também é imprescindível falar de um programa encomendado por uma editora para o lançamento de uma coleção de livros chamada "Dez Mil Anos de Teatro". A idéia foi concebida por Millôr Fernandes e Flavio Rangel, e realizada por Carlos Zara. Tratava-se de gravar trechos de obras primas teatrais que constavam da coleção e que já tinham sido encenados no Brasil. E com os atores que os haviam interpretado. Coube a mim trechos da Blanche Dubois de "Um Bonde Chamado Desejo", de Tenesse Willians, da Catarina da "Megera Domada" de Shakespeare e da "Antígona" de Sófocles em adaptação de Millôr Fernandes. O programa ficou lindíssimo e foi exibido uma vez e reprisado. Depois de duas participações muito prazerosas para mim na TV Cultura, finalmente aceitei a proposta de assinar contrato com a TV Globo. Janete Clair me queria numa personagem deliciosa! Como eu estava em cartaz em São Paulo com "Pato com Laranja" com Paulo Autran durante o mês que ele teria para me substituir eu só poderia trabalhar no Rio de segunda até quinta-feira às 15 horas. Perdi a chance de fazer esta novela, mas mesmo assim fui contratada.

Meu primeiro trabalho na Globo foi "Plumas e Paetês" de Cassiano Gabus Mendes. Retornava ao meu mestre Cassiano. A personagem Rebeca era deliciosa e Cassiano conhecia como ninguém meus tempos de comédia e meu temperamento de atriz. A novela correu saborosíssima, apesar da metade para o final, por problemas de saúde, Cassiano ter tido que aceitar um "quatro-mãos". Muito sabiamente escolhido para esta parceria foi Silvio de Abreu. Eu me deliciava com o texto das cenas e "deitava e rolava" com os parceiros que incluíam ainda "de quebra" um filho de "Rebeca" interpretado por Paulo Guarnieri de quem eu me sentia meio madrinha. Terminamos esse trabalho vitorioso após aproximadamente o tempo de uma gestação. Eu experimentava uma sensação de vitória mas ao mesmo tempo de exaustão, porque além de no primeiro mês ainda estar me despedindo da parceria teatral com Paulo Autran, no terceiro mês me despedi de minha mãe que falecia em conseqüência de problemas cardiológicos.

Por uma dessas "peças" que a vida nos prega, fazer o público gargalhar no teatro e saborear a companhia de uma equipe vitoriosa cheia de garra e talento me ajudaram muito a superar essa perda tão doída. Pouco tempo tive para curtir essa dor.
Fui logo escalada para "Ciranda de Pedra", de Lígia Fagundes Telles. E do guerreiro Teixeira Filho. O tema mudava. Ao lado de um companheiro muito querido, Armando Bogus e de uma jovem atriz, que, eu admirava, Lucélia Santos, comecei a criar "Laura". Até hoje, em Portugal, aonde passei alguns meses recentemente, me cumprimentam por esse trabalho. Após breve descanso coube-me interpretar novamente Cassiano Gabus Mendes. A novela se chamou "Elas por Elas" e nesse trabalho a curtição maior era voltar do drama para a comédia e reencontrar um companheiro dos tempos do "Alô Doçura" : Luis Gustavo. Mais duas novelas transitando bem entre comédia e um pouco de drama "Transas e Carretas" de Lauro César Muniz e de "De Quina para a Lua" de Alcides Nogueira e chega enfim a chance de fazer um Especial. Daniel Filho propõe o "Especial dos Especiais": baseado no livro "O Nego Léo" de Chico Anysio. A idéia genial de fazer com que o protagonista só se mostre pelo relato de cinco personagens - A esposa, o bicheiro, a amante, etc... Coube a mim a prostituta do mangue! Li a cena e fiquei eufórica. Além de me propiciar uma composição física diferente de tudo que eu já havia feito, o monólogo ia fundo na alma machucada e apaixonada dessa mulher. Paulinho Ubiratan (que Deus o tenha) dirigiu e marcou a cena inteira numa tomada só. Foi um prazer enorme a realização desse trabalho.

Algum tempo depois Lauro César Muniz, se confessando cativado pelo meu trabalho no "Nego Léo", em convida para interpretar, em "Roda de Fogo", a ex-guerrilheira, Maura, que com a anistia retorna do exílio. A minha primeira cena era um grande monólogo que seria gravado na Itália. Aconteceu um contratempo com a equipe que deveria ir gravar as cenas no exterior e eu, que tinha ido alguns dias antes para a Europa, tive de retornar às pressas para gravar as cenas da Itália num local perto do Rio mesmo, nos jardins de um convento que se assemelhava ao estilo europeu. O mais difícil é que recebi o texto só na véspera da gravação. Era uma cena longa, emocional, bastante difícil e eu tinha chegado ao Brasil de manhã um tanto cansada da viagem. Pedi licença à nossa saudosa diretora de elenco Maria Augusta Mattos, nossa querida Guta, para estudar o texto, sentada dentro de uma grande pirâmide vazada que ela tinha em seu quarto. No dia seguinte fiz a cena toda numa tomada só, sem um erro. No final, entrava Tarcísio Meira e fazíamos o grande reencontro do casal. Isso acontecia já no capítulo 80 da novela. E até o final tive várias cenas de muita intensidade dramática.

Logo a seguir Silvio de Abreu me convida para fazer "Sassaricando" ao lado de Tônia Carrero e Irene Ravache. Silvio criou para nós um trio engraçadíssimo. A novela tinha também Paulo Autran, Carlos Zara e um elenco de grandes atores. Foi um enorme sucesso e, para meu alívio, eu consegui sair do drama intenso (Roda de Fogo), para a comédia rasgada. Cecil Thiré estreava na direção de TV e era divertido vê-lo dirigindo sua mãe a famosa Tônia Carrero. No meio da novela, Tônia saiu por algumas semanas para se refazer do cansaço e aí tivemos que passar do trio ao dueto; Irene e eu. Quando Tônia fez seu retorno triunfal a novela ganhou mais impulso ainda e terminou batendo recordes de audiência. Até hoje as pessoas falam de "Sassaricando" com saudades e elogios.
Sucesso também estrondoso foi "Pedra sobre Pedra", de Aguinaldo Silva. A personagem "Hilda" era bem difícil de interpretar. Era a "esposa" de "Murilo Pontes" interpretado pelo grande Lima Duarte. Lima apelidou-a logo de "Hilda minha filha". Hilda era a mulher do grande machista. Aquele que tem a sua amante e mantém, como "santa" em casa, sua esposa, a quem usa, engana e ao mesmo tempo domina. O mais difícil era participar das cenas em que todos falavam o que queriam e Hilda calava. Durante os ensaios usei o recurso de falar alto meu sub-texto (é assim que chamamos o pensamento do personagem). Fazia isso respeitando o autor, isto é: quando no texto havia uma rubrica (comentário) do autor sobre a reação de Hilda.

Quando eu dizia o meu sub-texto no ensaio meus colegas, como a ótima Eloiza Mafalda e o maravilhoso Nanini, brincavam me mandando calar a boca: "Você não tem essa fala! Oh, Eva, fica quieta..." E eu continuava que era para garantir que o diretor de imagem, não deixasse de cortar para mim, mostrando ao menos as reações, os pensamentos de Hilda durante as cenas. Ao final da novela Aguinaldo escreveu páginas de falas para Hilda em seu grande desabafo e tomada de posição. O público vibrou, principalmente as mulheres.

Logo depois de participar do trabalho de despedida deste mundo de meu querido mestre, Cassiano Gabus Mendes: a novela "O Mapa da Mina" recebi o honroso convite para fazer "Pátria Minha". Um trabalho no qual exercitei novamente a esposa rejeitada, mas desta vez também indigna por ousar pagar com a mesma moeda as traições do marido. Manter a dignidade em situações constrangedoras era o exercício. Eu era "Tereza". Gilberto criava textos lindos poéticos, e eu que gosto de estudar meus textos ouvindo música clássica bem baixinho, desta vez encontrei um poema de Castro Alves (sempre gostei dele) chamado "O Adeus de Tereza" que me inspirou profundamente na despedida da novela. E na cena do adeus ao filho que vem a falecer vítima de um acidente, que Gilberto tinha entregado à sua parceira na autoria da novela Ângela Carneiro (Ele sabia que era uma cena que tinha que sair de dentro de um útero materno). E assim com esse "quinteto": Gilberto, Ângela, Kadu Moliterno (o filho), Denis Carvalho (o diretor), e eu (Tereza, a mãe), realizamos uma cena que creio eu, ficará na história das cenas que falam muito fundo ao coração de quem as assiste.

Quando a cena terminou eu deslizei para trás da parede do cenário chorando convulsivamente, soltando o excesso de emoção que eu tinha contido na cena. Mas me lembrei imediatamente do Kadu que tinha ficado na cama do cenário, escondendo o rosto com as mãos para deixar vir à vontade as lágrimas, e retornei correndo ao cenário, abracei-o e pudemos chorar os dois, até passar da emoção profunda à um estado de calma e muito afeto. Ano seguinte tive a satisfação de ser convidada para uma novela de Manoel Carlos - 18:00 h - "História de Amor". Fiz uma personagem leve e fiquei com vontade de fazer mais Manoel Carlos, para dizer coisas como as que ele escrevia em "Baila Comigo" e tantas outras que ele fez. E de repente, ainda nem tinha terminado "História de Amor", Luiz Fernando de Carvalho me chama e propõe a primeira fase (Os primeiros sete capítulos) de "O Rei do Gado" de Benedito Ruy Barbosa. Dava certinho para realizar durante três meses, que levaria esta fase, e embarcar para a Europa usufruindo a passagem ganha com o "Prêmio Molière" de melhor atriz pela peça "Querida Mamãe". Aceitei a proposta de "O Rei do Gado", consciente de que seria um mergulho na história dos heróis imigrantes italianos, um trabalho que me daria enorme prazer. E assim foi. Era novamente uma personagem que eu costumava chamar "carrega piano". A mãezona que fala pouco e age muito. Mesmo de costas, mesmo sem falas sei que consegui momentos de intensa dramaticidade em cenas como a do marido olhando a medalha do filho morto na guerra. E na cena em que Berdinazzi, o marido vem a falecer. Esta fase (7 capítulos) foi depois transformada em mini-série que chegou a ganhar prêmios no exterior.

Ao retornar da Europa, Paulo Ubiratan e Marcos Paulo em convidam para "A Indomada". No mesmo momento em que terminei de ler a sinopse e o 1º capítulo, antevi até onde eu poderia chegar com a personagem "Maria Altiva Pedreira de Mendonça e Albuquerque"... Até o infinito...

Começamos as gravações com Paulinho (Ubiratan) no comando e logo no segundo ou terceiro dia numa cena em que eu deveria descer as escadas, me meter entre Ary Fontoura e Cláudio Marzo e dizer "Pedro Afonso, stop" e abrir logo a porta da casa por onde entraria um vendaval, folhas, poeira, etc... e eu diria "Ela sumiu!... Deve ter sido carregada pelo vento!"... Logo no primeiro "ensaiando" desci as escadas velozmente, dei o "Pedro Afonso stop" indo a um agudo bem berrado no "stop", abri a porta e virei-me para os convidados na sala dizendo numa pose de suspense: "She's gone! Gone with the Wind!!! (Vendaval acalmava) e eu emendei: "The wind's gone!!!" Deu-se uma pequena pausa, e Paulinho, de olhos arregalados me perguntou divertido: Ah, é pra enlouquecer é? Foi uma gargalhada geral e eu respondi baixinho: "Mais ou menos chefinho".

Ao concluir, não quero deixar de comentar o trabalho importante que foi o seriado "Mulher". Dois anos dedicados de uma equipe muito especial de autores, diretores, atores, técnicos. Uma proposta genial de Boni e Daniel Filho, extremamente bem realizada pelo Daniel, com quem tive alegria de trabalhar. Daniel conseguiu unir comando firme com muito humor e principalmente muito afeto. Tive ainda uma sintonia muito especial com minha parceira, Patrícia Pillar. Talento e amizade para sempre.

Depois de "Mulher", foi a temporada em Portugal do espetáculo "Madame", em que trabalhei com a grande atriz portuguesa Eunice Munhoz.

Em seguida na TV o seriado "Os Maias" e ainda "O Quinto dos Infernos", e a novela "Esperança".
Como vêem, sem ter abandonado nunca o exercício teatral e tendo feito 20 filmes e 2 filhos me dediquei sempre com muita "garra" e vontade a essa "máquina de fazer doidos" como dizia o nosso Stanislaw Ponte Preta. Essa grande janela para mundo!

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