RETROSPECTIVA
Vinte e três anos de informação
Por: Roberto Patriota //
roberto.patriota@hotmail.com
Às vezes eu me ponho a pensar e vejo que vinte e três anos são sem dúvida, uma boa jornada no tempo. São mais de duas décadas vencidas. A Folha do Mato Grande, pode afirmar com justo orgulho que os propósitos daquele primeiro de janeiro de 1988, permanecem imutáveis e intocáveis. Nascida Folha de Touros, logo sentiu o peso da responsabilidade com a região, tornando-se aos poucos porta voz e bandeira maior do Mato Grande. Pela atuação marcante temos vivenciado todos os importante acontecimentos, das duas ultimas décadas do século passado até os dias de hoje. Sempre levando aos nossos leitores a informação objetiva e levantando as bandeiras do progresso e da prosperidade. Sempre firmes, sem medo.
Ao longo de sua trajetória a Folha noticiou a descoberta do Efeito Estufa, o aparecimento do celular, da Internet, do Mapeamento Genético, da eleição eletrônica, da informatização digital, da clonagem de animais, e de tantos outros fatos que transformaram o mundo no final do século XX. Exerceu durante todos esses anos, forte influência política, econômica e cultural. No começo era apenas mais uma tentativa, mas, aos poucos, foi se destacando, se consolidando, até conquistar a grande credibilidade que continua a desfrutar, mesmo depois de tantas mudanças.
No transcurso de mais de duas décadas de existência, a Folha do Mato Grande suportou duros embates, enfrentando com coragem e determinação os agentes da desinformação, da perseguição e do retrocesso regional, jamais se submetendo a pressões e imposições, partissem elas de que altura fossem. A Folha foi pioneira no jornalismo regional no Mato Grande, tendo servido de modelo para muitos outros jornais, informativos e sites que se espalharam pelo Estado afora.
Ao longo de todos esses anos que levamos juntos, o leitor há de ter percebido que o jornal passou por inúmeras mudanças e transformações até chegar ao que é hoje, um jornal digital completamente integrado aos seus leitores pela informação e integração democrática através da interatividade de seu canal aberto, identificado como Megafone. Uma identidade que tem raízes profundas. Na verdade, juntos temos vivido desde muito antes da criação desta Folha. Em casa, nas preocupações de minha mãe, nos conceitos e conselhos do meu pai, no dia a dia junto as comunidades, suas queixas e aspirações, tudo convergia para um ponto central, para o meu envolvimento com a existência da Folha e do que ela representa como legado e acervo moral e cultural do Rio Grande do Norte e em particular da região do Mato Grande. Meu compromisso com a região nasceu assim, de berço, selado na luta do dia a dia.
Ao completar vinte e três anos de existência reconheço que a sorte foi nossa em ter conseguido reunir boas equipes de valores e talentos que nos permitiu manter esta Folha ativa até aqui. Aproveito a ocasião para agradecer aos muitos que por aqui passaram, e olhe que não foram poucos, cada qual em seu tempo e em seu município, expoentes de uma legião de bons cidadãos e esteios desse veículo. E não é que ainda sobrou pique para formar outras valorosas equipes, nas rádios FM Mato Grande, primeira emissora de radiodifusão do município de Touros, inaugurada em 26 de abril de 1996 e na Gostoso FM, também primeira rádio daquele belo município.
Hoje, envolvido com outras atividades e residindo fora da região, faço um esforço especial para manter a chama viva deste importante veículo na qualidade de simples colaborador, através desse elo de ligação global que é a internet. Bem, os tempos também são outros, muita coisa mudou. Com a migração cada vez maior para a imprensa virtual, os velhos e tradicionais jornais impressos estão encontrando na internet sua nova morada, e os antigos e tradicionais leitores do "jornal de papel" aos poucos vão migrando cada vez mais para essa nova e moderna ferramenta de informação que só faz crescer pela extraordinária agilidade que tem. Enfim é preciso também ajudar a salvar o planeta. Uma única edição dominical de um jornal como a Folha de S. Paulo é responsável pela morte de cerca de 570 arvores, matéria prima para a fabricação do papel jornal. Um crime inteiramente desnecessário. Olhando para traz desconheço qual veículo de informação da região do Mato Grande suportou tanto tempo em atividade. Esperamos continuar com esse compromisso nascido no distante 1988 e seguir em frente enfrentando as inúmeras mudanças dos dias de hoje. Que a boa sorte continue sempre ao nosso lado.
Roberto Patriota é jornalista e Gestor Imobiliário,
fundador da Folha do Mato Grande
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